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terça-feira, 19 de abril de 2011

Poema Egípcio extraído de um papiro de 3000 anos




Estátua de Ramsés II


RAMSES II –faraó da XIX DINASTIA do EGITO

Poema Egípcio (extraído de um papiro de 3000 anos)

Ela é um menina, e não existe outra como ela.
Ela é mais bela que qualquer outra.
Olha, ela está como um deusa da estrela nascendo
no início de um ano novo feliz;
Brilhantemente branca e brilhante
Sua pele é clara; Seus olhos bonitos para olhar
E com lábios doces para falar;
Ela não necessita nem uma frase a mais
Com um pescoço longo e peito branco;
Seu cabelo é de Lápis Lazúli genuíno;
Seus braços são mais brilhantes que o ouro;
Os seus dedos são como as flores de lótus;
Com nádegas grandes e cintura cingida.
As suas coxas mostram sua beleza;
Com um passo firme ela pisa no solo.
Ela capturou meu coração em seu abraço.
Ela faz todos homens virar seus pescoços olhar para ela.
Só existe um único olhar quando ela passa por perto.

Poesias Egipcias
A poesia egípcia incluía trechos delicados de caráter lírico: aprox.1340 AC

Há sete dias que não vejo a minha bem-amada.
O desalento se abateu sobre mim.
Meu coração tornou-se pesado.
Esqueci até minha vida.
Quando os médicos vêm à minha casa,
Seus remédios não me satisfazem...
Ninguém descobre minha doença.
Mas se me dizem: "Olha! Ei-la",
Isso me restitui a vida.

POEMA A "NEFERTARI" esposa de Ramsés II

" A Princesa rica em encantos,
Senhora do afeto,
Meiga de amor,
Dona de Duas Terras.
Poetisa de lindo semblante,
A maior do harém do Senhor do palácio.
Tudo que dizeis será feito para vós.
Todas as coisas bonitas de acordo com vosso desejo.
Todas as vossas palavras trazem alegria a face.
Por isso os Homens adoram ouvir tua voz."


Poesia & CiaA Grande Esfinge do Egito
A Grande Esfinge do Egito
A Grande Esfinge do Egito sonha por este papel dentro...
Escrevo — e ela aparece-me através da minha mão transparente
E ao canto do papel erguem-se as pirâmides...
Escrevo — perturbo-me de ver o bico da minha pena
Ser o perfil do rei Quéops ...
De repente paro...
Escureceu tudo...

Caio por um abismo feito de tempo...
Estou soterrado sob as pirâmides a escrever versos à luz clara deste candeeiro
E todo o Egito me esmaga de alto através dos traços que faço com a pena...

Ouço a Esfinge rir por dentro
O som da minha pena a correr no papel...
Atravessa o eu não poder vê-la uma mão enorme,
Varre tudo para o canto do teto que fica por detrás de mim,
E sobre o papel onde escrevo, entre ele e a pena que escreve
Jaz o cadáver do rei Quéops, olhando-me com olhos muito abertos,
E entre os nossos olhares que se cruzam corre o Nilo
E uma alegria de barcos embandeirados erra
Numa diagonal difusa
Entre mim e o que eu penso...

Funerais do rei Quéops em ouro velho e Mim! ...
Fernando Pessoa